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O que poderá talvez deixar mais intrigado o leitor que pela primeira vez se depare com o título Travessias pela Literatura Portuguesa: estudos críticos de Saramago a Vieira é a aparente anomalia na disposição dos nomes que aparecem em subtítulo: de Saramago a Vieira. Não faria mais lógica de Vieira a Saramago? No entanto, quando percorremos o conjunto de oito artigos que compõem este volume, compreendemos que eles não estão dispostos por ordem cronológica.
Parte inicial de uma longa pesquisa sobre mulheres no romance contemporâneo português, o livro que ora se apresenta traz uma análise do contexto histórico medieval e de quatro figuras femininas da História de Portugal consagradas pela lenda e transformadas protagonistas pela literatura contemporânea. Isabel de Aragão, Inês de Castro, Leonor Teles e Brites de Almeida, a Padeira de Aljubarrota são aqui o ponto de interseção para uma discussão sobre o feminino no romance, na qual se buscou a associação entre os estudos de gênero e a narratologia. Em tempos atuais, nos quais um conservadorismo de direita assola grande parte do planeta, neste tempos que em muito se parece com a Idade Média, com o feminicídio a correr à solta e o machismo ainda a impor diversos obstáculos à mulher, falar sobre quatro figuras femininas que apresentam peculiaridades importantes para a História e a Literatura de Portugal é mais que necessário, tanto quanto navegar ou viver. É preciso.
No caso da episteme comunicacional pode-se dizer que a mesma vem-se constituindo na historicidade de conceitos chave e de hipóteses clássicas que têm nutrido o pensamento teórico e a pesquisa empírica do campo. Pensando a episteme comunicacional trata disso, ou seja, do objeto comunicação em sua trajetória por fazer-se, a qual, ao acumular-se, permite a renovação do que foi pensado a seu respeito e a prospecção de novos pontos de vista.
Não apenas lemos o texto de Joel, mas dele podemos ouvir melodias vindas de sua "Suíte em sol menor", do discurso palimpsesto, arabesco, cheio de meandros, que nos encaminham para os mais inesperados espaços/tempos. Somos tomados por uma aula de como ser, como tornar-se professor, como olhar o mundo através dos olhos da arte, do belo. E também nos é sugerido quebrar algumas enfadonhas regras acadêmicas... Pois de tal modo não seria a própria concepção de Arte, de Conhecimento, de Pesquisa?
O leitor tem em mãos dezenove ensaios publicados, originalmente, na Revista Crioula ao longo de seus oito anos de existência. A decisão de selecionar os textos mais significativos desta publicação científica, organizada e mantida com a participação dos alunos do programa de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa da Universidade de São Paulo, veio em um momento bastante oportuno, já que comemoramos os vinte anos do programa em questão. No presente, trazemos produções de temáticas bastante amplas e plurais, divididas em três grandes eixos, visando abarcar as principais linhas de pesquisa da área. Orbitando a ideia de descentramentos críticos, temos a perspecti...