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This engaging volume sheds light on the central role the turn to the body plays in the philosophies of Spinoza and Nietzsche, providing an ideal starting point for understanding their work. Ioan explores their critiques of traditional morality, as well as their accounts of ethics, freedom and politics, arguing that we can best compare their respective philosophical physiologies, and their broader philosophical positions, through their shared interest in the notion of power. In spite of significant differences, Ioan shows the ways in which the two thinkers share remarkable similarities, delving into their emphatic appeal to the body as the key to solving fundamental philosophical problems, both theoretical and practical.
Colocar-se diante de uma obra filosófica é uma atitude que, de imediato, não deve ser tomada despretensiosamente. Há uma diversidade de maneiras de se relacionar com uma obra, uma filosofia e, mesmo, com a vida, maneiras de especular e agir (redutíveis, quando muito, a duas formas extremas), que atropelar o desenvolvimento do pensamento é dar-se ao risco de tropeçar num primeiro obstáculo de nosso, talvez, próprio anseio. Não se quer, com isso, que se paralise antes mesmo de iniciar a caminhada; ao contrário, quer-se que a inicie junto ao filósofo — em se tratando da descoberta de uma filosofia —, que se mergulhe na experiência mesma da vida, atravessando-a em sua plenitude integral. Descobrir uma filosofia, a filosofia ou, ainda, a vida (ao menos, em um primeiro momento, uma dimensão sua) é, essencialmente, simpatizar com ela: menos um movimento retrospectivo, de refazer aquilo que já nos é dado, e mais um movimento engendrador, no qual a surpresa da travessia também se faz nossa.
No fundo, eu sabia que não havia consolação. O problema de repetir à exaustão tais disposições e afetos é que alternamos momentos de felicidade e onipotência, com outros de miserável culpa e remorso sabe-se-lá-de-quê, sendo que os últimos ofuscam progressivamente os primeiros fazendo surgir uma humildade insolente que é peculiar aos bons profissionais marcados pelo tempo. E envelhecemos assim, ouvindo queixas em múltiplas vozes ao som digital estéreo surround e agimos sempre em contraponto com a sensação de ter deixado algo para trás. Dormimos, de fato, cada vez menos. Falamos cada vez menos de nossas coisas e das coisas que vimos e vemos, mas quando resolvemos nos pronunciar, a voz pode soar como a de um instrumento com afinação trocada, scordatura desafinada a princípio, sem sentido até, mas que à escuta atenta costuma parecer extremamente inusual e bela, como são mesmo as coisas do declínio e da finitude, numes do destino com os quais nós, finalmente, poderemos nos reconciliar.
Convite à reflexão é um projeto da Discurso Editorial e da Editora Almedina, tendo como autores os professores do departamento de filosofia da USP e demais universidades, com o propósito de oferecer subsídios aos professores, estudantes do ensino médio e também a todos os iniciantes dos estudos de filosofia em geral, por intermédio da análise de temas da tradição filosófica.
Com um texto leve e objetivo, este livro tem como proposta apresentar a vida e as principais ideias do filósofo Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900). Cultuado pela academia e com referências à sua obra em livros, filmes, séries e músicas, o martelo filosófico de Nietzsche não foi bem compreendido em sua época, mas que hoje é reverenciado com um dos maiores filósofos de todos os tempos, com aforismos geniais e um estilo incomparável. Escrito por Daniel Rodrigues Aurélio, mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, e com vários trabalhos sobre Friedrich Nietzsche no currículo, este livro é um verdadeiro manual de introdução aos fundamento da filosofia nietzschiana, além de trazer entrevistas com especialistas, dicas de sites, livros e filmes e tudo o mais para você ter um panorama completo sobre o autor de Para além do bem e do mal, entre outros grandes trabalhos.
Qual o papel de Deus na atualidade? O presente trabalho pretende analisar o comportamento crescente da população que se vale do uso constante de frases prontas de cunho religioso, fugindo da realidade, com consequente inversão de valores e o objetivo maior de obterem respostas imediatas para a solução de seus problemas pessoais, sem a reflexão efetiva do real. Esta obra busca um olhar filosófico para a relação homem-Deus e propõe um diálogo possível, sem que este se resuma à verdade de fé ou ao misticismo utilitarista que, por vezes, se revela como alienante e enganador. O presente estudo, desta forma, se apresenta como um diálogo entre Espinosa, Nietzsche e Sartre e as visões que cada um destes filósofos possui sobre a temática. Almeja-se despertar o espírito crítico-filosófico, estimulando o debate, o raciocínio, a ética e os valores universais para análise e construção de um diálogo possível entre homem-Deus.
Neste volume, Juvenal Savian Filho analisa as críticas e defesas da Religião, partindo da pergunta: Por que dedicar um livro à Religião em uma coleção de Filosofia? Elas não seriam contraditórias? Se não são, o que faz um filósofo interessar-se pela experiência religiosa? Aborda-se, então, a vivência de fé, bem como seu sentido no conjunto da vida humana.
Blaise Pascal (1623-1662), em muitos aspetos pode ser considerado um dos homens mais representativo do gênio da nossa 'raça', pois, mesmo após vários séculos do seu desaparecimento físico, suas ideias continuam vivas e influenciando o percurso de quem as descobre através dos seus famosos aforismos. Comparando-o com os grandes pensadores, pode-se até afirmar que, o que Platão é para Grécia, Dante para Itália, Cervantes ou Santa Teresa para a Espanha, Shakespeare para Grã-Bretanha, Pascal é para a França. Como cientista, filósofo e teólogo, na fina ironia, na sátira mordaz, na exposição cerrada, na lógica do espírito e do fato, enfim, na mais íntima e mais pura espiritua...
Victor Delbos (1862-1916) foi um conceituado filósofo francês. O livro O problema moral na filosofia de Spinoza e na história do spinozismo, inaugurando o que viria posteriormente a ser denominado de história estrutural da filosofia, tornou-se fundamental para aqueles que querem entender a filosofia de Spinoza a partir do próprio autor. Na primeira parte da obra, Delbos faz um grande percurso por toda a obra de Spinoza explicando pontos essenciais; e, na segunda parte, mostra como Spinoza influenciou vários filósofos depois dele, numa viagem instigante pela história da filosofia. Delbos conclui sua análise sobre Spinoza com a publicação do que viria a ser seu último livro, O spinozismo: curso proferido na Sorbonne em 1912-1913.
Dizem que a gênese da poesia de Florbela Espanca é o afeto da tristeza, a dor e a melancolia: isso é falso! Essa gênese é a alegria. Encontro com o vivo é a micropolítica em ato de nossa época. Neste ensaio, C. R. Malaquias cartografa o processo comunicacional durante a leitura dos textos florbelianos, utilizando, como principal bússola, o entendimento de que o texto literário apresenta um aspecto duplo: estrutura verbal e campo afetivo, ao mesmo tempo. Nas primeiras décadas do século 21, mobilizados pelos desafios que envolvem a Covid-19, o que ainda temos a conhecer em Florbela? Como a obra da poeta, que discorreu sobre o "protagonismo humano" — a tristeza na vida e a alegria na morte —, se compõe com o pensamento da imanência de B. de Spinoza, G. Deleuze e F. Guattari? A autora, mestra em ciências humanas, cineasta e fotógrafa, responde à questão de forma (extra)ordinária ao demonstrar, no seu primeiro livro, a ideia adequada do vivo, comunicando o desejo florbeliano no campo social, e destacando a alegria na constituição do modo de existência da obra.