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Dono de invejável cultura, acuidade de raciocínio e sensibilidade crítica, Sérgio Telles revela uma capacidade inquietante de viajar, como um nômade, pela escritura da psicanálise e pela produção artística. Um errante: entra e sai do estranho país freudiano, trazendo sempre uma perspectiva de fora de criadores consagrados, como Van Gogh, Tchekhov, Maupassant, Machado de Assis, Spencer Tunick, Munch, Santa Teresa d'Ávila, Guimarães Rosa e Paul e Jane Bowles. Mas não para por aí: a consciência de que todo analista é também um crítico da cultura que testemunha faz com que Telles agregue à série de ensaios que compõem o livro alguns textos sobre o mal-estar na civilização. Betty Fuks
A educação é ferramenta indispensável para formar a criança e prepará-la para a vida, mas também arma potente para reduzir desigualdades e mudar o mundo. É assim que se compreendem os pioneiros chegados à Palestina no início do século XX, fundadores das coletividades agrícolas socialistas judaicas. Esse estranho cruzamento entre ideias marxistas do Leste Europeu e movimento sionista deu azo a experiências educacionais coletivas de grande inventividade, sobretudo com os nascidos nos kibutzim do Ha-Shomer Ha-Tza'ir — onde a psicanálise teve um papel central, ainda que controverso. Liebermann, que viveu em kibutz na adolescência, oferece um relato vivo dessa história, analisando as contribuições da psicanálise freudiana para a pedagogia moderna.
O objetivo desta Coleção é dar voz à diversidade existente na psicanálise a fim de possibilitar ao leitor diálogos com variadas compreensões clínicas. Para isso, apresenta capítulos curtos, claros, com ilustrações clínicas e que abordam alguns conceitos dos principais autores da história da psicanálise. Os textos - escritos por psicanalistas familiarizados com esses conceitos - contêm valiosas indicações de leitura para o leitor interessado em aprofundamentos posteriores. A premissa da Coleção é que a riqueza da prática e da teoria psicanalíticas provém sobretudo de sua pluralidade, e não das concepções de um ou outro autor isoladamente. Os capítulos deste volume apresentam conceitos de Green, Bleichmar, Pontalis, Zaltzman, Kernberg, Kaës, Bollas, Roussillon, Laznik, Ogden, Ferro, Miller, Dejours e vinte outros autores.
Softwares são uma benção e uma maldição. São uma benção porque possibilitam simulações impossíveis no passado e reduzem o tempo de projeto a uma fração daquele que era antes necessário. Mas são também uma maldição, pois os engenheiros ficam cada vez mais dependentes de softwares cada vez mais sofisticados e, pouco a pouco, as metodologias de cálculo utilizadas vão caindo no esquecimento. Com esta obra, espera-se que os engenheiros atuais e futuros tomem um conhecimento profundo dessas metodologias, de modo que não somente saibam o que seus softwares estão fazendo, mas possam criar novos e melhorar os atuais. Esta obra traz as metodologias dos principais critérios de dimensionamento de cabos elétricos de potência e tem o objetivo de ser um material de consulta para projetistas de instalações elétricas, engenheiros de concessionárias de energia e para fabricantes de cabos elétricos e também como material didático para cursos de Engenharia. As metodologias baseadas em desenvolvimentos teóricos consolidados têm sua fundamentação demonstrada, enquanto aquelas mais empíricas ou com desenvolvimento teórico menos consolidado são somente apresentadas.
Conexão Fepal foi desenvolvido pela Diretoria de Publicações (gestão 2022 – 2024) como um projeto editorial virtual, com base em um boletim informativo já existente e com o mesmo nome, que decidimos manter, e continuando com a numeração, mesmo que esta publicação foi tomando um rumo diferente do que teve nas duas gestões anteriores. Na árdua tarefa de divulgar notícias sobre eventos futuros, bem como de projetos e atividades realizados pelas diferentes áreas da Fepal, nos deparamos com situações que mereciam ser recuperadas da velocidade e da fugacidade, próprias das notícias, a fim de dar-lhes o espaço e o tempo necessários para pensar sobre elas. O desafio editorial foi o de estabelecer uma conexão com os acontecimentos políticos, sociais e culturais, incentivando sua leitura desde a óptica da psicanálise.
Estamos realmente sendo nós mesmos nas mídias sociais? Há algum benefício em nos conectarmos com pessoas que mal conhecemos? Por que algumas pessoas compartilham coisas demais nas redes sociais? A psicologia da mídia social explora quanto de nossa vida cotidiana acontece online e como isso pode afetar nossa identidade, nosso bem-estar e nossos relacionamentos. Este livro examina como nossos perfis, nossos contatos, nossas atualizações de status e as fotos que compartilhamos online podem ser uma maneira de nos expressarmos e de ampliarmos nossa rede de contatos, mas também destaca as armadilhas da mídia social, incluindo questões de privacidade. Do FOMO ao fraping, do subtweeting às selfies, A psicologia da mídia social mostra como as redes desenvolveram todo um novo mundo de comunicação e, para o bem ou para o mal, provavelmente continuarão a ser uma parte essencial de como nos entendemos enquanto seres humanos.
Esta coletânea é testemunha de um longo percurso pelos caminhos da psicanálise. Silvia, além de brilhante clínica e professora, é pesquisadora ímpar nessa área. Seus escritos têm o dom da experiência refletida à luz da sensibilidade, inteligência e erudição. Sua investigação percorre temas fundamentais para a contemporaneidade: a sexuação, o feminino e o pungente problema da desumanização, além de clássicos como a escuta, o tempo e a transmissão da psicanálise. O rigor no trato com a metapsicologia, tanto a que lhe embasa quanto a que produz, rendeu-lhe respeito em todo o campo psicanalítico brasileiro. Seu trabalho é uma inspiração para analistas das mais diversas orientações. Flávio Ferraz
Como as coisas passam de uma pessoa para outra? E quais são as consequências disso sobre o modo de ser interno de um sujeito? Este livro explora a área das trocas intra e inter-humanas inconscientes e pré-conscientes que funcionam harmoniosamente: o conceito inspirador fundamental é o dos equivalentes psíquicos das trocas corporais naturais entre as pessoas e suas alterações que produzem patologia. No nível da técnica, o psicanalista trabalha hoje com um método complexo, que na realidade usa processos e ferramentas fundamentais da fisiologia básica original, como a experiência da coexistência psíquica e a cooperação com o paciente em níveis profundos de relacionamento pré-pessoal e pré-subjetivo: a psicanálise não é apenas a ciência do inconsciente, mas também a ciência do caminho que leva ao inconsciente, tornando os canais pré-conscientes dos pacientes praticáveis e habitáveis de maneira fértil, transformadora e eficaz.
A história da humanidade está permeada de casos extraordinários de heroísmo e sobrevivência em condições extremas de frio, calor e altitude, por exemplo. Nesses casos, a vontade de viver somada à capacidade de adaptação do corpo humano possibilitaram que pessoas escapassem da morte em situações completamente adversas. Quando tudo parece perdido, a vida teima em persistir e todos nossos órgãos e sistemas trabalham ao máximo para garantir a continuidade de nossa existência. Este livro te mostrará, a partir de histórias fascinantes de sobrevivência, como o corpo humano pode se adaptar a desses desafios.
O que a autora oferece à leitura é fruto de seu intenso esforço em registrar o que sua prática com crianças, efetivamente clínica, lhe transmitiu. Assinala-se que ela não trata das crianças conformadas aos ideais sociais, mas, justamente, aquelas que desde a primeira infância se contrapõem a padrões de normalidade perseguidos pelo discurso vigente. Cirlana propõe considerar algumas apresentações pelas quais a linguagem pode incidir numa modalidade de corpo, conjugando-se na estruturação de um sujeito qualquer, focalizando formas surpreendentes. Assim, a autora se dedica a destacar, nos autistas, os efeitos paradoxais incomensuráveis que tangenciam certas operações de linguagem que se redobram sobre ela mesma para negá-la, assim, perpetuando-a. A densa trajetória aqui tramada fisga o leitor, exigindo interesse e esforço, posto que convoca o clínico a transitar por uma constelação tensionada por conceitos pouco tratados que resistem à biunivocidade e ao mero encobrimento. É o que acirra o necessário debate sobre o furo da linguagem que, num só tempo, mantém-se incluído e em exterioridade a ela. Angela Maria Resende Vorcaro