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Os poemas com que o leitor se defrontará nesta obra revelam o olhar trágico daquele para quem a angústia e o desespero se converteram em companheiros de viagem. E como companheiros, esses sentimentos contribuem para uma leitura cética e trágica do cotidiano, transformando as sensações em palavras que desencadeiam imagens a cada página percorrida. Paixões incertas, relações desfeitas, vultos assustados, corpos robotizados que morrem nas esquinas e os constantes desencontros, compõem as cenas que marcam os poemas deste livro.
Este livro aborda a filosofia cética de Cioran, resultado da dúvida, que em suas mãos foi transformada em arma filosófica e antídoto contra as crenças políticas, religiosas e científicas. Por isso, para Cioran, só quem duvida não condena, pois segundo suas reflexões as crenças são acompanhadas das carnificinas que desfilaram pela Historia, evidenciando para este pensador romeno, que o homem é um idólatra por natureza.
Em O acadêmico criminoso... os contos expressam os olhares moralistas e conceituais que estão presentes em todos nós e se arrogam no direito julgar e analisar o cotidiano. Olhares que cavam fossos e constroem barreiras. As cenas do dia a dia, ora são vistas com um rigor metodológico, quase que acadêmico, ora são vistas com um olhar carregado de um moralismo patriarcal, que não vê as possibilidades de ser feliz e de sorrir à toa. Nesses encontros, as cenas se revelam distantes, e daí o assombro, quando as análises superficiais, tradicionalmente presas a conceitos e ideias pré-fabricadas, se revelam equivocadas e preconceituosas.
A teoria cartesiana da criação das verdades eternas é a tese mais radical e polêmica de Descartes. Desde seu anúncio, ela tem dividido os intérpretes do cartesianismo. As Meditações apresentam total confiança na razão, cujo poder de conhecer as coisas é garantido pelo Deus veraz. Em contrapartida, a teoria da criação das verdades eternas, ao sustentar que "Deus é uma causa cuja potência ultrapassa os limites do entendimento humano" (AT I, 150), parece assumir que ele poderia estabelecer como verdade o que para nós é contraditório, impossível, falso, lançando dúvidas sobre a veracidade divina e o racionalismo cartesiano.
Este livro é uma reflexão sobre a felicidade na sociedade contemporânea. Analisando, cuidadosamente, os textos da tradição filosófica sobre a felicidade observa que há dois aspectos comuns entre eles. O primeiro aspecto indica que não se deve confundir felicidade com alegria ou boa sorte, nem infelicidade com tristeza ou má sorte. O segundo aspecto nos indica a necessária relação entre felicidade e autoconhecimento. Em nossa sociedade o conhecimento das coisas exteriores é cada vez mais valorizado ao passo que o conhecimento de si mesmo é desvalorizado, por isso, o conceito de vida autêntica é fundamental para compreender o fenômeno da felicidade.
Na sua trajetória intelectual e como um cidadão do mundo, Edgar Morin tornou-se crítico da ciência moderna, da fragmentação dos saberes entre as disciplinas, da especialização, das ações do Estado de Israel e das religiões monoteístas. Os textos deste ensaio têm o intuito de apresentar ao leitor o olhar de Morin sobre a barbárie e suas ligações com os saberes teológicos e científicos que marcaram a história da humanidade.
Reunindo estudiosos de distintas áreas de atuação, este terceiro volume da coleção África, presente! Negritude e luta antirracista aponta os racismos como crimes que foram e são cometidos, desde sempre, de maneira nada ingênua e descomprometida. O racismo é sistêmico, processual, e seus tentáculos são vários, sustentados por ideias, visões de mundo e teses que advêm de diversos segmentos ou áreas do saber — teologia, filosofia, política, economia, tecnologia, sociologia, medicina, direito, linguística e antropologia. Entender essa base pseudocientífica de longa data nos dá a condição de analisar, interpretar e explicar o presente momento das relações étnico-raciais...
De que forma o racismo se estrutura no cotidiano escolar de crianças e adolescentes? Como a escola pode combater a discriminação e, além disso, promover um ambiente baseado no respeito às diferenças? Assim que foi lançado, em 2001, este livro se tornou um clássico e um guia inspirador para toda uma geração de educadores. É essa premissa que justifica a publicação desta edição revista e atualizada, na qual autoras negras se aprofundam nas diversas formas de combater o racismo dentro de nossas escolas. Entre os assuntos abordados estão: a formação de educadores para o combate ao racismo; os pontos de encontro entre educação, cidadania e raça; caminhos práticos para eliminar o racismo na escola; a valorização das raízes africanas na educação; a necessidade de apreender e combater o discurso racista em sala de aula; a construção da autoestima do aluno negro; a literatura infantojuvenil como aliada na valorização do povo preto. Textos de: Ana Lucia Silva e Souza, Andréia Lisboa Sousa Johnson, Eliane Cavalleiro, Elisa Larkin Nascimento, Elisabeth Fernandes de Sousa, Isabel Santos Mayer, Maria Aparecida (Cidinha) da Silva e Nilma Lino Gomes.
Vivendo a incerteza: escritos sobre a pandemia, traz importantes reflexões e relatos a respeito da pandemia do COVID 19 (2020-2021), abordando temas cruciais sobre como se deu o enfrentamento desse período de crise e todas as incertezas que ele trouxe. Ao longo dos capítulos os autores apontaram questões importantes a serem consideradas e que invariavelmente trouxeram incertezas a todos, como a questão da educação, da informação (e a falta de) assim com a importância da manifestação popular no combate durante esse período de pandemia.
Este livro aborda o conjunto de políticas públicas constituídas pelo Estado monárquico português do descobrimento até o período escravista brasileiro e, em seguida, trata das políticas públicas formuladas da Abolição da escravatura até o momento presente — examinando inclusive os reflexos de tais políticas nas duas últimas décadas, sobretudo após a promulgação do Estatuto da Igualdade Racial (2010) e a Lei de Cotas (2012). Partindo de uma análise histórica ampla e profunda, o autor recupera os acontecimentos políticos que relegaram ao negro o lugar da exclusão, da desigualdade e da injustiça social. Assim, justifica a necessidade de ações específicas para resgatar a dignidade da população negra. O objetivo da Coleção Consciência em Debate é debater temas prementes da sociedade brasileira, tanto em relação ao movimento negro como no que concerne à população geral.