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Censura, nunca mais! A censura voltou a assombrar, e um de seus principais alvos tem sido os livros para crianças e jovens. Hoje ela atua em várias frentes: como no passado, denuncia obras que contrariam o moralismo ou compartilham posições progressistas; recentemente, porém, somam-se novas facetas, quando, em nome do chamado politicamente correto, obras são condenadas, e seus autores, cancelados. E se, então, cabia aos órgãos de segurança reprovar ou liberar produtos culturais, no presente o movimento é liderado por organismos educacionais ou entidades civis. Que encontram canais públicos de difusão, como a internet, o que maximiza o alcance de suas ideias. A literatura infanti...
O grande engodo – Marcos Nobre O cientista político pensa a chegada da extrema-direita no mundo e no Brasil, os impasses das ciências humanas para entender a realidade atual, o esvaziamento da ideia de futuro e o papel das lutas identitárias em cenário de esgotamento democrático. Olhar como construir – Agnaldo Farias e Tuca Vieira O crítico e professor da FAU analisa o ensaio fotográfico Dead End, de Tuca Vieira, que ilustra esta edição da revista. Gentrificação e arquitetura são os termos principais do jogo do olhar entre o dado e o construído. Cágado – Ana Paula Pacheco Entra em cena o nonsense nessa comédia ligeira como tentativa de dar conta do momento Bolsonaro do p...
Todo mundo precisa descansar. A girafa, o urso, a lontra-marinha... e também o pequeno Bo. Esta história é sobre ele, sua mãe e todos os animais do planeta. Um livro para ser lido em voz alta na hora de dormir – ou para ser apreciado de olhos bem abertos, a qualquer momento do dia.
Provocativo e perspicaz, Poder, Voz e Subjetividade na Literatura Infantil, de Maria Nikolajeva, discute as possibilidades de uma literatura infantil e juvenil de qualidade que seja capaz de atribuir um poder contestatório à infância. Pois a vasta maioria das obras lidas por crianças e jovens é escrita, ilustrada, selecionada, comprada, ensinada e mediada por adultos, sem que haja uma reflexão sobre o quanto essa literatura constitui-se como espaço de opressão, de imposição de perspectivas sociais, emocionais e políticas dos adultos – seus valores, desejos, medos, preconceitos, limitações, linguagens e estéticas. Nikolajeva explora alguns exemplos disso tanto em obras clássi...
Chico está com um pouco de medo. Hoje é o primeiro dia de aula na escola nova... O que vão pensar dele? Será que vão achar que ele é grudento? Ou vão querer que fique coladinho? Tudo que Chico não quer é se sentir sozinho.
Nesta edição de Peixe-elétrico: Dossiê Terror Três ensaios abrem a Peixe-elétrico #04 formando um complexo mosaico sobre um tema central deste início de século XXI: o terrorismo. Radicado na França, especialista na obra de Guy Debord, GABRIEL FERREIRA ZACARIAS aborda o chamado terrorismo islâmico a partir de problemas específicos da contemporaneidade ocidental, e não mais da geopolítica, da religião islâmica ou mesmo da ideia de choque de civilizações. A islamofobia nos EUA é o tema do ensaio de DEEPA KUMAR. A autora encontra o tipo de fala preconceituosa que alimenta esse perigoso fenômeno não só em Donald Trump, mas também nos discursos do presidente Obama. O ensaio �...
Este Caderno de férias não é um caderno para completar só durante as férias. É um caderno para que as férias aconteçam quando quisermos que elas aconteçam. Em uma série de atividades — que vão de soprar um sapato a transportar uma ilha deserta para um cômodo qualquer da sua casa —, Grassa Toro e Isidro Ferrer levam crianças e adultos, até aqueles rabugentos, por uma travessia náutica em que a única regra é usar o que temos dentro da cabeça para imaginar.
Nesta aclamada coleção de contos, Jenny Zhang constrói um retrato franco e subversivo da experiência de imigrantes asiáticas nos Estados Unidos. Eleito um dos melhores livros de 2017 por The New Yorker e The Guardian. Centradas em uma comunidade de imigrantes que trocaram a vida ameaçada na China e em Taiwan pelos percalços da Nova York dos anos 1990, as histórias que compõem Coração azedo examinam questões de família, sexualidade, identidade e gênero a partir do ponto de vista de narradoras marcadas por seu passado, que lutam para se definir e descobrir quem são. Seja a jovem tentando entender o papel de sua avó na Revolução Cultural, a filha lutando para estabelecer o lim...
Peixe-elétrico – Plataforma da nova geração é um convite ao pensamento aberto, crítico e inconformista. Vinte intelectuais da nova geração enfrentam a difícil tarefa de pensar o Brasil contemporâneo. Inspirados no famoso livro Plataforma da nova geração de 1945, que teve entre seus convidados Antonio Candido e Paulo Emílio Sales Gomes, Peixe-elétrico enviou as seguintes questões, com o intuito de fornecer alguns caminhos para os textos de nossos convidados: Como entende o lugar do Brasil no mundo hoje? O que pensa das chamadas Jornadas de Junho de 2013? Como define o governo Bolsonaro? Acredita haver uma marca geracional que atravessa a sua produção? Qual seria? Como você definiria a sua geração? É possível identificar um sentimento principal que atravessa as suas reflexões? Diferente do livro original, por geração nos aproximamos do conceito de outsider – intelectuais que começam agora, independente da idade, a ganhar voz no meio acadêmico ou a encontrar seu espaço nas mídias. E no lugar de uma plataforma bem organizada, buscamos a contradição entre os textos aqui apresentados.
Houve um tempo em que os ogros eram pessoas como nós. Mas eles faziam coisas esquisitas. Comiam porcas e parafusos no café da manhã, paus e pedras no almoço e, no jantar, a pança estava tão cheia que eles iam direto para a cama. Tempos depois, já grandes e malcriados, eles ainda queriam ser como as pessoas — passear no jardim, ver o pôr do sol, brincar. Mas ao fazer isso, pisoteavam as flores, sopravam fuligem no céu e assustavam as crianças. Diante do medo, a melhor solução parecia ser caçá-los, capturá-los, prendê-los, com a ajuda de corporações que prometiam transformar o problema em oportunidade. Foi assim que os ogros, então domesticados, passaram a servir os humanos. E nada mais importava.